quarta-feira, 24 de maio de 2017

E na calada da noite, o governo da continuidade, em Gravataí, acabou com a FUNDARC, importante equipamento cultural do município. A desculpa de que a Fundação não se mantinha com recursos próprios e de que a administração municipal era quem garantia sua sobrevivência, o que se tornou "muito pesado" em termos de orçamento, cai por terra quando vemos na mesma reforma administrativa a criação do gabinete da primeira-dama e o aumento de cargos na FMMA. Este gabinete é uma triste herança do machismo onde a mulher é apenas um apêndice do marido e não tem vida própria. Além do mais, ganha um conjunto de assessores e estrutura para fazer um trabalho social que é de responsabilidade de secretarias específicas, como a Secretaria da Saúde, por exemplo. Com a extinção da FUNDARC o tal governo da continuidade comprova sua visão tacanha acerca da cultura e seu interesse apenas nas áreas que dão um certo tipo de "retorno" para o gestor. Quem perde com isto tudo é o povo que cada vez tem menos acesso à arte e à cultura e, portanto, menos consciência crítica sobre o mundo. Como dizia Titãs... "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte..."

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